Explicando que o deficiente visual tem plenas condições para tanto, pois se destaca por sua orientação espacial, memória localizada, senso de equilíbrio, acuidade dos outros sistemas sensoriais e pela capacidade de construção de mapas mentais, o diretor de Acessibilidade e Inclusão lembra ainda que o combustível do barco a vela é o vento, e complementa: “Ninguém vê o vento e o deficiente visual tem muito mais acuidade tátil com as orelhas, nariz e rosto, por isso ele consegue velejar”.O lançamento do projeto será acompanhado por cerca de 20 deficientes visuais de várias cidades do Estado de São Paulo, que estarão se revezarão nos três veleiros que serão colocados à disposição, e que irão velejar numa área demarcada por boias.
Explica ainda o diretor que antes de embarcarem, os deficientes visuais farão uma leitura tátil para conhecer o barco e identificar suas partes, ainda em terra. No veleiro, um deficiente visual ficará no leme, outros dois nas velas. “Todos terão função dentro do veleiro”.No leme, o velejador poderá mostrar melhor a sua acuidade tátil. Ele deverá posicionar bem o barco em relação ao vento. “Para o barco andar ele precisa estar a mais de 45° em relação ao vento, para melhor rendimento. É possível até realizar competições”. Todas as atividades serão acompanhadas por um técnico vidente para dar orientações aos participantes.
A Prefeitura de Bertioga informa que, por meio da Diretoria de Acessibilidade e Inclusão, vinculada à Secretaria de Segurança e Cidadania, será mantida uma programação do “Projeto Verlejando”, e que os grupos interessados podem entrar em contato pelo telefone 3317.4239 ou pelo e-mail prof.augusto@velaecia.com.br.
Fonte: Prefeitura do Município de Bertioga
Foto: Renata de Brito – Galeria da PMB

Nenhum comentário:
Postar um comentário